sábado, 26 de julho de 2025

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) declarou que os países têm a obrigação legal de agir em relação às alterações climáticas



The UN’s principal judicial body ruled that States have an obligation to protect the environment from greenhouse gas (GHG) emissions and act with due diligence and cooperation to fulfill this obligation.

This includes the obligation under the Paris Agreement on climate change to limit global warming to 1.5°C above pre-industrial levels.


‘A victory for our planet’
UN Secretary-General António Guterres issued a video message welcoming the historic decision, which came a day after he delivered a special address to Member States on the unstoppable global shift to renewable energy.

"This is a victory for our planet, for climate justice and for the power of young people to make a difference," he said.



Reasoning of the Court
The Court used Member States’ commitments to both environmental and human rights treaties to justify this decision.

Firstly, Member States are parties to a variety of environmental treaties, including ozone layer treaties, the Biodiversity Convention, the Kyoto Protocol, the Paris Agreement and many more, which oblige them to protect the environment for people worldwide and in future generations.

But, also because “a clean, healthy and sustainable environment is a precondition for the enjoyment of many human rights,” since Member States are parties to numerous human rights treaties, including the Universal Declaration of Human Rights, they are required to guarantee the enjoyment of such rights by addressing climate change.

Case background
In September 2021, the Pacific Island State of Vanuatu announced that it would seek an advisory opinion from the Court on climate change. This initiative was inspired by the youth group Pacific Island Students Fighting Climate Change, which underscored the need to act to address climate change, particularly in small island States.

After the country lobbied other UN Member States to support this initiative in the General Assembly, on 29 March 2023, it adopted a resolution requesting an advisory opinion from the ICJ on two questions: (1)What are the obligations of States under international law to ensure the protection of the environment? and (2) What are the legal consequences for States under these obligations when they cause harm to the environment?

Judge Iwasawa said the questions “represent more than a legal problem: they concern an existential problem of planetary proportions that imperils all forms of life and the very health of our planet.”

The UN Charter allows the General Assembly or the Security Council to request the ICJ to provide an advisory opinion. Even though advisory opinions are not binding, they carry significant legal and moral authority and help clarify and develop international law by defining States’ legal obligations.

This is the largest case ever seen by the ICJ, evident by the number of written statements (91) and States that participated in oral proceedings (97).

The ‘World Court’
The ICJ, informally known as the “World Court”, settles legal disputes between UN Member States and gives advisory opinions on legal questions that have been referred to it by UN organs and agencies.

It is one of the six main organs of the UN alongside the General Assembly, the Security Council, the Economic and Social Council (ECOSOC), the Trusteeship Council and the Secretariat and is the only one not based in New York.

“Tachos e tachinhos” atingem novo máximo em Portugal com Governo de Montenegro


O número de “tachos e tachinhos” no Governo de Luís Montenegro atingiu um novo máximo no terceiro trimestre de 2024, ao subir 48% face ao final de 2015, para 26,4 mil cargos, o que confirmou uma tendência que disparou durante a governação de António Costa.

De acordo com dados do Instituto Mais Liberdade, nunca houve tantos empregos públicos com vínculo de comissão de serviço, cargo político ou mandato, que abrangem todos os níveis da Administração Pública: central, regional e local. No cargo político estão ainda assessores e pessoal de apoio aos gabinetes do Governo, grupos parlamentares e autarquias.

Entre 2015 e o terceiro trimestre de 2024, há mais 8.508 cargos, sendo que 2.731 dizem respeito à administração central e 5.449 no local. Desde a chegada de Luís Montenegro ao Governo, os números dispararam para 26.358 cargos, sendo que 13 mil são de dirigentes intermédios e mais de quatro mil são representantes do poder legislativo – os restantes são técnicos e dirigentes superiores.

André Pinção Lucas, diretor executivo do Instituto Mais Liberdade, salientou que “devíamos, como sociedade, fazer um escrutínio maior destes cargos e questionar os Governos sobre a desagregação destes números pelo tipo de funções e perceber os motivos destes aumentos”. De acordo com o responsável, “só assim conseguiremos caminhar para um Estado mais eficiente e com menos gorduras”.


“É um hábito muito português na nossa política: quando há um problema, cria-se um grupo de trabalho, uma comissão ou nomeia-se um líder. E envia-se um sinal à sociedade de que alguma coisa está a ser feita”, apontou, destacando que “na maioria dos casos, é um placebo, com pouca eficácia”.

Acabar com os tachos


O Chega conquistou grande parte do seu eleitorado com a promessa que ia acabar com os tachos… ora, vamos perceber primeiro o que é um tacho.

É considerado um tacho político, ao cargo que é atribuído por lealdade partidária ou amizade, e não por mérito pessoal.

O Chega sempre teve esta como uma das suas maiores lutas. Acabar com os tachos que PS e PSD atribuíam aos seus próximos.

Entretanto, a assembleia da república tem sessenta deputados eleitos pelo chega, grande parte deles tinham rendimentos muito baixos, nalguns casos miseráveis, no ano anterior à sua entrada no parlamento.

A escolha destas pessoas é da exclusiva responsabilidade do presidente do partido, André Ventura.

Ventura já disse várias vezes que quando ganhar as eleições vai escolher os melhores para os ministérios, mas que credibilidade tem esta afirmação, quando escolheu os piores para a sua bancada parlamentar?

Ventura é uma pessoa com um ego imensurável, que precisa que os que estejam à sua volta o estejam consistentemente a bajular, a idolatrar.

Basta ver o que faz o líder da bancada parlamentar nas sessões plenárias, uma bajulação permanente e nalguns casos quase ao nível do endeusamento pacóvio.

Pedro Pinto era empresário na área da organização de eventos tauromáquicos, e é bom de ver pelos seus rendimentos, que era um dos piores na sua área, Ventura achou que era a pessoa ideal para ser líder da bancada parlamentar.

Declarou rendimentos de cerca de 16 mil euros anuais brutos, o que depois de impostos e segurança social lhe sobra menos que o salário mínimo nacional.

Das duas uma, ou é o pior na sua área, ou andou a fugir aos impostos de forma descarada.

Rita Matias, a menina dos olhos de Ventura é capaz de ser o caso mais anedótico da nossa democracia, senão vejamos.

A Rita nunca trabalhou na vida, pelo menos tendo em conta os rendimentos que declarou no ano anterior à sua entrada na AR, zero rendimentos.

A Rita tem voz todos os dias na casa da democracia, e nas televisões portuguesas.

A Rita nunca trabalhou, não faz a mínima ideia do que é procurar um emprego, não tem a mínima noção do que é começar uma carreira do zero, lutar pelo seu lugar laboral, ir a entrevistas de emprego, ser preterida em detrimento de outros. Zero.

O papá da Rita é amigo do Ventura, então falou com ele para arranjar um tacho para a sua rica filha.

Já houve muitos tachos em Portugal, mas arrisco-me a dizer que nenhum tão grande como o da Rita, que passou de zero euros de rendimento para sessenta mil por ano.

Esta gente convenceu mais de um milhão de portugueses que vai acabar com os tachos, e agora, enquanto alguns pobres que votaram neles contam os trocos para comer ao fim do mês, eles continuam a encher a conta pessoal, sem nunca se terem destacado em área nenhuma, apenas porque são amigos de Ventura, aquele que vai acabar com os tachos, enquanto enche as contas bancárias de quem o idolatra, com o dinheiro de todos nós. 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Of The Wand And The Moon - Lets Take A Ride (My Love)


Oh, my love, help me through the city
It's coming down again, oh Lord, have pity
Oh, my love, let's take a ride
Or wait for me on the other side
I got nothing more to lose
As you know, the harder you struggle, the tighter the noose

And people, they shy away
But we are lost in time anyway, babe
So take my hand and don't let go
Time left behind, it only goes to show
Let's drink up and leave this town
All this emptiness just brings me down
Let's break from path, head out to sea
Leave this place, just you and me
Please

Gata-Malcata, colaboração transfronteiriça para a mitigação de incêndios florestais e a conservação da água


A Serra da Malcata e a Serra de Gata formam uma região transfronteiriça caracterizada por paisagens, potencialidades e desafios comuns. Ambas as áreas são rurais, pouco povoadas e enfrentam economias frágeis. Esta região foi selecionada como piloto devido à sua classificação como "ecorregião", que denota uma unidade substancial de terra e/ou água, caracterizada por climas únicos, atributos ecológicos e diversas comunidades vegetais e animais.

Em ambos os territórios, prevalece uma consciência coletiva dos riscos ambientais, que impactam o quotidiano da população local. Os riscos ambientais decorrem principalmente das alterações climáticas, que afectam ambas as regiões de forma semelhante, tornando-as profundamente conscientes das suas vulnerabilidades ambientais.

À luz destes desafios comuns, este projecto defende o estabelecimento de um espaço transfronteiriço concebido para abordar a mitigação dos incêndios e incentivar as transformações no uso do solo. Esta iniciativa visa não só prevenir os incêndios florestais, mas também contribuir para a conservação da água, explorar fontes de energia alternativas e promover a cooperação internacional.

Visando a construção de uma instituição colaborativa, o projeto procura facilitar a cooperação entre as duas regiões e promover iniciativas participativas. O objectivo central deste esforço conjunto é alavancar as práticas existentes em ambos os lados da fronteira, partilhar o conhecimento disponível de organizações da sociedade civil, investigadores e particulares, e criar uma plataforma para a apresentação de propostas e iniciativas dedicadas ao combate ou mitigação de incêndios e à escassez de água.

A Educação Sexual não é uma matéria ideológica. É saúde pública.


Esta não é uma decisão de um Ministério da Educação que governa de acordo com a evidência técnica e científica.

É uma lamentável cedência populista a quem não se importa de aumentar as gravidezes indesejadas e a vulnerabilidade das crianças e jovens. É um triste retrocesso que responsabiliza esta equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação pelas consequências que a ignorância, o obscurantismo e o negacionismo têm na vida de tantas e tantas crianças e jovens. A educação sexual é uma vacina contra o abuso sexual, contra as IST, contra as gravidezes indesejadas, contra a vergonha de ser diferente e contra a subjugação física e emocional. Privar as crianças do acesso ao ensino destas matérias é anti-ciência e é profundamente desumano.

Lecionei esta disciplina desde que ela foi fundada. Grande desconhecimento do que fazem os professores! Quantas formações fizemos nesta e noutras áreas!

Estaremos a voltar ao tempo da "moralidade" salazarenta! O que não é visto nem ouvido, não existe! Voltaremos aquele tempo, no qual eu tive tanto que lutar para alterar, em que se a ideia feita que ao lecionarmos Educação Sexual nas escolas estávamos a promover o ato sexual em menores?! As estatísticas comprovam o contrário, mais conhecimento e informação correta (não a dos Tik toks e pornografia, sim as nossas crianças veem pornografia e contextos de sexualidade violenta e abusadora) atrasa o mesmo! Cerca de 500 jogos sexualmente violentos e misóginos foram banidos de plataformas.
 
Quantos alunos e alunas me passaram pelas mãos que se não fossem os conhecimentos adquiridos nas aulas, de Cidadania e de Ciências Naturais e Biologias, nunca teriam acesso a informação correta sobre, nomeadamente: respeito, autoestima e não violência no namoro, sistema reprodutor, métodos contracetivos, gravidez e desenvolvimento fetal, afectos, tolerância LGBTQIA, prevenção de IST, etc.
Enfim, tudo em prol de um populismo patético e com o sacrifício da educação dos nossos jovens! 

P.S. Aos pais que criticam a Educação Sexual Formal, pensem que muitos casos de abuso sexual de crianças e jovens são feitos dentro da família. A Educação Sexual como estava no anterior Governo era correcta, pois ensinava crianças e adolescentes a detectar os primeiros indícios de violação sexual.

Em 2024, o Instituto Nacional de Estatística (INE) reportou 1.041 participações policiais por abuso sexual de crianças, adolescentes ou menores dependentes, representando 32,2 % do total de crimes contra menores (3.237 participações) e mais de 9.085 menores receberam apoio direto da APAV entre 2022 e 2024, com média de idades entre 11 e 17 anos, sendo 60 % meninas e 38,3 % sendo filhos dos agressores.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

As aves andam todas atarefadas


Lindsey Kustusch ( pintora dos EUA)
"As aves andam todas atarefadas
nos fios estendidos entre manhãs,
trazem no bico o sol, nas asas brisas,
tecem o ar com planos de amanhã.
Voam em círculos sobre os telhados,
espreitam ninhos, reparam no chão,
discutem sementes e madrugadas,
em gorjeios cheios de intenção.
Ninguém as vê parar, nem um instante,
nem para um café ou contemplação —
há penas, há pressa, há céu por diante,
há um mundo inteiro em construção.
E quando a tarde espreita, cor de mel,
reúnem-se em cantos quase encantados,
calando o cansaço no seu papel
de tornar os dias mais alados."

João Soares, 24.07.2025

Maravilha. Quando um patrão já não precisa do trabalhador, basta dizer: “Fica em casa, estás de férias... extra.” Sem salário, claro.


Aliás, já existe a possibilidade de, em conjunto com a empresa, o trabalhador tirar dias — mas agora esses dias têm preço. Basicamente, trata-se de mercantilizar as férias.
As férias tornaram-se um produto. No futuro, quem quiser férias terá de pagar. É sempre assim: cada vez mais à direita, cada vez pior e sempre um pouco de cada vez, para ninguém dar por isso.
Um mimo do “empreendedorismo moderno”. 
E depois há quem vote na direita porque tem medo de imigrantes.
Pois bem, agora trabalham para os donos dos Ferraris. Estão a colher o que semearam.
E não me venham os bonecos dos bilionários comentar que “o trabalhador tem de dar permissão para isso”.
Qual permissão, qual quê? Todos sabemos como funciona: o patrão diz “ou assinas ou faço da tua vida um inferno”.
Liberdade? Só se for para os de cima.
E nem falei da precariedade gourmet: trabalhas 12 meses, mas a empresa só te quer durante 10.
Vais para o desemprego e, depois, contratam-te por outsourcing durante os mesmos 10 meses. E nos outros dois? Passas fome.
A mesma direita que, cinicamente, fala de família e crianças é a que as destrói através da precariedade e da exploração.
Mas pronto, a culpa é sempre do imigrante — nunca do dono do Ferrari que compra o CHEGA ao quilo e mete avenças em políticos.

Bruno Dionísio, sociólogo, professor da Universidade de Évora, sobre a intervenção a propósito do RSI da deputada Rita Matias no passado domingo - a ler e partilhar


A deputada Rita Matias, do Partido Chega, disse ontem na Sic Notícias que não faz ideia qual é o valor que um beneficiário do Rendimento Social de Inserção (RSI) recebe por mês. Num partido que fala sistematicamente do RSI como um problema, de ciganos com RSI, de subsídio-dependentes, é um bocado bizarro que uma figura tão proeminente do partido desconheça o mínimo daquilo que identifica como um problema máximo. O valor mensal do RSI é de 242,23€ por titular, eventualmente acrescidos de 169,56€ por cada elemento do agregado familiar maior de idade, e de 121,12€ por cada elemento do agregado familiar menor de idade. 

O número de beneficiários do RSI está a decrescer consecutivamente há 20 anos. 
Em 2011 chegou a ter mais de 500 mil beneficiários; em 2023, o número de beneficiários era cerca de 241 mil, portanto, menos de metade que há 12 anos. 

A população cigana em Portugal representa 0,5% da população total. Do inquérito do INE de 2023, 47500 pessoas com mais de 18 anos em Portugal auto-identificam-se de etnia cigana. Mesmo que se admitisse que todos os ciganos beneficiariam do RSI (o que não é verdade), 80% dos beneficiários do RSI não são ciganos. 

Para se ter direito ao RSI é preciso ter residência legal em Portugal, estar obrigatoriamente inscrito no centro de emprego e assumir o compromisso formal de estar disponível para trabalhar, para fazer formação ou para outra forma de inserção que a Segurança Social proponha. O RSI pode ser retirado se a pessoa recusar trabalho, formação ou outra forma de inserção que a Segurança Social determine. Porque é que, estando inscritos no centro de emprego ou assumindo a disponibilidade para trabalhar ou se inserirem, muitos destes beneficiários não conseguem desamarrar-se do RSI? Entre vários motivos que se interseccionam, há três principais. 
  1. Primeiro, os que cuidam a tempo inteiro de familiares crianças, adultos ou idosos dependentes; 
  2. Segundo, os que são resíduos de um mercado de trabalho que os repele por não terem certos atributos escolares ou técnicos; 
  3. Terceiro, os que estão agrilhoados a um ou a mais do que um estigma que o sociólogo Erving Goffman tipificou: as “deformações físicas” (deficiências, aparência física e desfigurações do rosto - como não ter dentes ou ter cáries visíveis que inabilitam para trabalhar na restauração e hotelaria…); os “desvios de carácter” (ser ou parecer ser ex-toxicodependente, ex-recluso ou com algum tipo de distúrbio mental); os “estigmas tribais” (evidenciar uma determinada pertença étnica, racial ou religiosa).
O Estado dispõe cerca de 400 milhões de euros por ano nesta medida que mais não é que um tampão para estancar uma hemorragia. Aquele café com pastel de nata que o beneficiário do RSI se atreve a comer no snack-bar de vez em quando, e que atiça a ira dos remediados contra os pobres e dos pobres contra os miseráveis, é bem capaz de ser o único momento que esta gente tem de se sentir gente.

Portugal sobe uma posição (7º lugar em 163) e ultrapassa a Dinamarca na lista de países mais seguros do mundo


O GPI é elaborado pelo Institute for Economics & Peace. E cruzando outros dados como a OCDE, Numbeo e Ministério da Coesão Territorial/Interior de ambos os países, obtemos os seguintes resultados:

1º Taxas de homicídio 
Dinamarca: Cerca de 0,8 a 1,0 caso por 100.000 habitantes.
Portugal: Cerca de 0,6 a 0,8 casos por 100.000 habitantes.
→ Ambas as taxas são consideradas muito baixas e estão entre as mínimas históricas da Europa Ocidental. A diferença entre elas é, normalmente, inferior a 0,3 pontos percentuais.

2.º Furto (crimes contra a propriedade, especialmente roubos reportados por 100.000 habitantes):
Dinamarca: Tende a ter uma taxa moderadamente mais elevada de pequenos furtos (por exemplo, furto de bolsa ou furto de carteira), embora isto varie de acordo com a cidade.
Portugal: Apresenta também taxas baixas, ligeiramente inferiores às da Dinamarca em geral.

No geral, Portugal tem taxas de homicídio e de roubo ligeiramente mais baixas do que a Dinamarca, mas a diferença não é drástica.
Consultar relatório do GPI completo aqui

No ranking FIFA a nossa selecção é 7ª e no ranking UEFA os nossos clubes seguem em 5° (Porto) e 7º (Benfica) 



Conclusão: Estamos melhor em segurança do que em futebol contudo, em ambas, quase lideramos o mundo


quarta-feira, 23 de julho de 2025

A China criticou hoje a decisão dos Estados Unidos de abandonarem a UNESCO, considerando-a indigna de “um país grande e responsável”

A China criticou hoje a decisão dos Estados Unidos de abandonarem a UNESCO, considerando-a indigna de “um país grande e responsável”, e pediu um compromisso com o multilateralismo e os princípios da Carta das Nações Unidas. 

“Os Estados Unidos têm acumulado, há muito tempo, pagamentos em atraso das suas contribuições como membro da UNESCO”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, lamentando o novo anúncio de retirada feito por Washington esta semana.

“A China sempre apoiou firmemente o trabalho da UNESCO”, sublinhou Guo, destacando a missão da organização em “promover a cooperação internacional em educação, ciência e cultura, fortalecer o entendimento entre civilizações e salvaguardar a paz mundial”.

Wu Yan é o membro chinês do Conselho Executivo da UNESCO (2021-2025). É Vice-Ministro da Educação da China.

No contexto das comemorações do 80.º aniversário da fundação das Nações Unidas, o diplomata apelou a todos os países para que “reafirmem o seu compromisso com o multilateralismo” e apoiem um sistema internacional com a ONU no centro, “baseado no direito internacional e nos princípios da Carta das Nações Unidas”.

A República Popular da China é membro da UNESCO desde 1971, ano da sua entrada na ONU, e ocupa atualmente um assento no Conselho Executivo da agência (2021–2025).

Nos últimos anos, a China tornou-se um dos principais contribuintes financeiros da UNESCO e acolhe vários centros ligados à organização, nas áreas da educação, património e ciência.

Mas já veio críticas dos EUA. Washington serviu de proteção contra os esforços da China para utilizar a UNESCO para influenciar a educação, as designações históricas e até a inteligência artificial.

A China tem sido acusada de perseguir vários grupos étnicos, religiosos e políticos. Um dos casos mais notórios e internacionalmente denunciados é o da perseguição aos uígures, um povo de maioria muçulmana que habita a região de Xinjiang, no noroeste da China.

Perseguição aos Uígures:
  1. Religião e Cultura: Os uígures são de origem túrquica e seguem predominantemente o Islão. A China tem restringido práticas religiosas, culturais e linguísticas desse povo.
  2. Campos de "reeducação": Estima-se que mais de um milhão de uígures foram detidos em campos que o governo chinês chama de "centros de reeducação", mas que têm sido denunciados por abusos, tortura e doutrinação política.
  3. Vigilância em massa: Há uso extensivo de tecnologia para controlar a população uígur, incluindo reconhecimento facial, controle de dados e presença policial constante.
  4. Trabalho forçado e esterilizações forçadas: Existem denúncias de uso de trabalho forçado e práticas de controle de natalidade que podem configurar crimes contra a humanidade.
Além dos uígures, a China também é acusada de repressão a outros grupos:

Outros grupos perseguidos:
  1. Tibetanos: Sofrem repressão cultural e religiosa desde a ocupação do Tibete pela China em 1950. O budismo tibetano é alvo de controle estatal.
  2. Cristãos: Igrejas não registradas são frequentemente alvo de demolições, prisões de fiéis e censura.
  3. Praticantes do Falun Gong: Um grupo espiritual que é fortemente perseguido desde 1999, com relatos de prisões arbitrárias e até extração forçada de órgãos.
  4. Ativistas e dissidentes: Defensores dos direitos humanos, jornalistas e advogados são frequentemente presos ou silenciados.

O Tribunal Superior da Galiza emitiu uma sentença histórica


Numa decisão histórica, um tribunal espanhol declarou que o facto de não se combater a poluição da água causada pela agricultura industrial viola os direitos humanos fundamentais. A decisão, desencadeada por anos de contaminação tóxica na aldeia de As Conchas, na Galiza, abre um precedente poderoso: as autoridades podem e devem ser responsabilizadas quando a negligência ambiental põe em risco a saúde pública. Este é um ponto de viragem para a Europa - e um reconhecimento claro de que a água potável não é apenas uma questão ambiental, mas um direito humano fundamental.
A Espanha é o maior produtor de carne de porco da Europa, e cerca de um terço das suas explorações suinícolas localizam-se na Galiza. 
Ler mais aqui , aqui e aqui

Morreu o cantor Ozzy Osbourne - See You On The Other Side


O músico britânico morreu rodeado pela família, após uma longa luta contra a doença de Parkinson. 
Ozzy Osbourne, vocalista dos Black Sabbath, morreu esta terça-feira aos 76 anos, semanas após o seu concerto de despedida. Segundo o comunicado da família, citado pela Sky News, o astro do heavy metal morreu "cercado de amor" após a luta contra a doença de Parkinson. 
"É com uma tristeza que as palavras não conseguem descrever que informamos que o nosso querido Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Estava junto da sua família, rodeado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento difícil." 
Conhecido como "Príncipe das Trevas", John Michael 'Ozzy' Osbourne, natural da cidade britânica de Birmingham, destacou-se como o icónico vocalista dos Black Sabbath, tornando-se num dos pilares do heavy metal nas décadas de 70 e 80. 
 Despedida dos palcos foi há menos de um mês. No passado dia 5 de julho, Ozzy Osbourne e os membros da formação original dos Black Sabbath foram a atração principal do festival solidário "Back to the Beginning", realizado no Villa Park, em Birmingham. O espetáculo, especialmente marcante por reunir, pela primeira vez em duas décadas, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward em palco marcou a despedida dos Black Sabbath.

See You On The Other Side
Ozzy Osbourne

Voices, a thousand, thousand voices
Whispering, the time has passed for choices
Golden days are passing over, yeah
I can't seem to see you, baby
Although my eyes are open wide
But I know I'll see you once more

When I see you, I'll see you on the other side
Yes, I'll see you, I'll see you on the other side

Leaving, I hate to see you cry
Grieving, I hate to say goodbye
Dust and ash forever, yeah
Though I know we must be parted
As sure as stars are in the sky
I'm going to see you when it comes to glory

And I'll see you, I'll see you on the other side
Yes, I'll see you, I'll see you on the other side

Never thought I'd feel like this
Strange to be alone, yeah
But we'll be together
Carved in stone, carved in stone, carved in stone
Hold me, hold me tight I'm falling
Far away, distant voices calling
I'm so cold, I need you, darling, yeah
I was down, but now I'm flying
Straight across the great divide
I know you're crying, but I'll stop you crying

When I see you, I see you on the other side
Yes, I'll see you, see you on the other side
I'm going to see you, see you on the other side
God knows I'll see you, see you on the other side, yeah

I'll see you, see you on the other side
I'm going to see you, see you on the other side
God knows I'll see you, see you on the other side, yeah
I want to see you, yeah, yeah, yeah, see you on the other side
God knows I'll see you, see you on the other side

Em “See You On The Other Side”, Ozzy Osbourne aborda a dor da separação e a esperança de reencontro após a morte. A repetição do verso “I’ll see you on the other side” (“Eu te verei do outro lado”) mostra não só a aceitação da perda, mas também uma confiança de que os laços verdadeiros podem superar a morte. Esse tema ganha ainda mais profundidade ao lembrar que a música foi coescrita por Lemmy Kilmister, conhecido por sua visão direta sobre a finitude da vida.

A letra traz um tom melancólico e reflexivo, especialmente em versos como “Leaving, I hate to see you cry / Grieving, I hate to say goodbye” (“Partindo, odeio ver você chorar / Sofrendo, odeio dizer adeus”), que expõem o sofrimento da despedida. Ao mesmo tempo, frases como “carved in stone” (“esculpidos em pedra”) reforçam a ideia de que certas conexões são permanentes. O uso da expressão “the other side” pode ser entendido tanto como referência à vida após a morte quanto como metáfora para qualquer separação definitiva. Além disso, versos como “voices, a thousand, thousand voices / Whispering, the time has passed for choices” (“vozes, mil, mil vozes / Sussurrando, o tempo das escolhas passou”) sugerem que, diante do fim, resta apenas aceitar e buscar consolo na esperança de reencontro. Por isso, a música se tornou um símbolo de consolo para quem enfrenta perdas, sendo escolhida até para nomear box sets que celebram a carreira solo de Ozzy Osbourne.

terça-feira, 22 de julho de 2025

Editors - No Harm


I'll boil easier than youCrush my bones into glueI'm a go-getterThe system's in redThe room is inbredI'm a go-getter
Don't hold no harmDon't hold no harm
My children despise my wonderful liesI'm a go-getterI see through your wallsAnd your space down your hallsI'm a go-getter
Don't hold no harmDon't hold no harm
The fever I feel, the fake and the realI'm a go-getterMy world just expandsThings just break in my handsI'm a go-getter
Don't hold no harm

A música 'No Harm' da banda britânica Editors explora a complexidade da ambição e as suas consequências. A letra é introspectiva e revela um eu-lírico que se autodenomina um 'go-getter', alguém que busca incessantemente alcançar seus objetivos, mesmo que isso signifique enfrentar adversidades e sacrifícios. A expressão 'I'll boil easier than you, crush my bones into glue' sugere uma disposição para suportar dor e sofrimento em nome de suas ambições, destacando a resiliência e a determinação do personagem.

A repetição da frase 'Don't hold no harm' pode ser interpretada como um mantra de autoafirmação, uma tentativa de minimizar ou justificar os danos causados por suas ações. O eu-lírico parece estar em conflito com as repercussões de sua busca incessante pelo sucesso, reconhecendo que suas 'maravilhosas mentiras' são desprezadas pelos seus filhos. Isso sugere uma reflexão sobre os custos pessoais e familiares de sua ambição, trazendo à tona a tensão entre o desejo de realização pessoal e as responsabilidades sociais e emocionais.

A música também aborda a percepção da realidade e a distinção entre o falso e o verdadeiro, como evidenciado na linha 'The fever I feel, the fake and the real'. O eu-lírico parece estar ciente das ilusões e das verdades que permeiam sua vida, e essa consciência contribui para a expansão de seu mundo, embora as coisas 'quebrem em suas mãos'. Essa metáfora pode simbolizar a fragilidade das conquistas materiais e a efemeridade do sucesso, reforçando a ideia de que a ambição, embora poderosa, pode ser destrutiva e insustentável a longo prazo.

Trump decide EUA a saída da UNESCO dois anos após regresso à organização por "sentimento anti-Israel dentro da organização" e "ideologia de género"


Os Estados Unidos anunciaram esta terça-feira a saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), dois anos após o regresso, alegando o que considera ser o pendor anti-Israel desta estrutura da ONU.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, reagiu de imediato, dizendo que "lamenta profundamente" a decisão do Presidente norte-americano, mas reconhecendo que o anúncio era esperado.

A decisão da Casa Branca foi conhecida esta terça-feira, através de uma declaração da porta-voz adjunta da Casa Branca, Anna Kelly, citada pelo jornal The New York Post: "O Presidente Trump decidiu retirar os Estados Unidos da UNESCO, por apoiar causas culturais e sociais totalmente fora de sintonia com as políticas votadas pelos americanos em novembro", nas eleições presidenciais.

A decisão vai entrar em vigor no final de dezembro de 2026, noticiou a agência Associated Press (AP).

Esta é a terceira vez que os Estados Unidos abandonam a UNESCO, com sede em Paris, e a segunda numa administração Trump.

Em 2017, durante o primeiro mandato de Donald Trump, a saída da UNESCO foi justificada pelo alegado preconceito anti-Israel da organização. A decisão entrou em vigor um ano depois.

Em 2023, os Estados Unidos regressaram à UNESCO, após a administração do ex-presidente Joe Biden ter solicitado o reingresso.

No passado mês de fevereiro, Trump ordenou uma revisão da presença na UNESCO, pedindo especial atenção a qualquer manifestação de "antissemitismo ou sentimento anti-Israel dentro da organização."

De acordo com fontes da Casa Branca, citadas hoje pela imprensa norte-americana, nos últimos meses foram avaliadas as políticas de diversidade, equidade e inclusão da UNESCO, assim como "o seu pendor pró-Palestina e pró-China".

Em causa estão decisões da UNESCO como a classificação de "Património Mundial da Palestina", em sítios que a administração Trump alega serem judeus, e o uso da palavra "ocupação" para os territórios palestinianos ocupados por Israel, segundo as resoluções das Nações Unidas.

A Casa Branca de Trump também critica em particular a iniciativa “Transforming MEN’talities”, que visa abordar questões de género, promover a inclusão e trabalhar normas sociais que sustentam preconceitos.

Esta iniciativa acompanhou no ano passado a campanha do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher e publicou relatórios sobre a igualdade de género na Índia, os videojogos e o modo como estes podem promover inclusão.

“Não se trata apenas de controlar os impactos negativos dos videojogos, mas também de contar com eles para abordar estereótipos socioculturais e incentivar comportamentos positivos e antidiscriminatórios”, afirmou na altura a diretora-geral adjunta para as Ciências Sociais e Humanas da UNESCO, Gabriela Ramos.

Os Estados Unidos saíram pela primeira vez da UNESCO em 1983, durante a presidência de Ronald Reagan, alegando que a organização era mal gerida, corrupta e utilizada para promover os interesses da União Soviética.

O regresso à UNESCO aconteceu em 2003, durante a presidência de George W. Bush.

Minha reflexão
Entretanto o Governo criminoso de Israel continua o genocídio da população palestiniana seja há fome, sede ou assassinados nas filas de busca de comida.
E a Comunidade Internacional continua a compactuar com as atrocidades do Governo criminoso numa postura vergonhosa. Fonte